“Alice:
Quanto tempo dura o eterno?
Coelho:
Ás vezes apenas um segundo.”
Em meio aos usuais clichês
referentes à passagem rápida do tempo, repetidos durante o ano todo, mas de forma
mais feroz próximo ao natal, chegam nossas eternas reflexões de final de ano.
E sempre necessário fazer o
balanço anual das conquistas e frustrações, mas ultimamente deve-se deixar a
balança mais leve para não correr o risco de começar a nova roda viva na
desesperança. É tempo de ação, física e mental, portanto não nos deve caber
nesse momento desgastes acerca daquilo que não deu certo, ou muita celebração
pelo que deu.
Na contra mão ao que se prega
ultimamente de que devemos parar um pouco de tanto correr, chego a conclusão de
que temos que correr mais, e assim quem sabe alcançarmos o tempo atual, que não
está dando tempo pra ninguém...
Mensagem subliminar neste momento
turbulento da humanidade onde obviamente que correr, neste contexto, não quer
dizer estressar-se demasiado, e sim acompanhar o século XXI de forma
definitiva, pois estamos entrando em 2014.
Passados treze anos da virada do
século, ainda estamos sonolentos e temos que imprimir rapidez para nossa estada
no novo milênio, senão ficaremos para trás.
O que foi errado passou e o que
deu certo também, no mais resta-nos viver o presente inserido no novo tempo,
por isso deve-se correr. Não há mais espaço para reflexão coletiva, não cabem
mais lamentações, temos que nos adaptar, e estamos atrasados, tal qual o coelho
branco de Alice.
Como contraponto ficam as
questões individuais, que nessa correria para acompanhar o tempo tem ficado de
lado. É preciso mudar o sentido e a direção da vida, parar em si e assim correr
como o tempo e no tempo.
Portanto, para muitos antes da
hora, fica o meu balanço de 2013. Ansiosa pela chegada de 2014, espero que meu
relógio deixe de ser uma referência e que eu consiga mergulhar no novo tempo de forma definitiva, afinal este é o meu tempo.
“É tarde! É tarde! É tarde até que arde! Ai, ai, meu Deus! Alô, adeus! É tarde, é tarde, é tarde!”
FELIZ 2014