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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Maratona




O maratonista durante a corrida, depois de percorrer muitos quilômetros olha para trás e não enxerga mais o início. Sabe que já percorreu mais da metade da prova, está cansado e com muitas bolhas nos pés. Pensa em diminuir o ritmo quando vê o que já passou, mas nesse instante olha para frente e vê a linha de chegada se aproximando. Os pés doem, o fôlego não é mais o de início, o corpo sofre e ainda há muito para correr. Como aliado tem o vento, o sol, a chuva, o frio, o calor, tudo no seu tempo. O incentivo da torcida faz acelerar, e quando está contra por vezes o desestimula, mas pode servir como aditivo.

Ele não corre para vencer. O mais importante é correr contra si mesmo, por vezes a meta é apenas conseguir completar a prova. Como estratégia pode correr a distância toda em ritmos diferentes ou andar e correr alternadamente por todo o percurso.

O importante é não parar...

Sabe que ao cruzar a linha de chegada deve estar inteiro, mesmo cansado, e satisfeito e em paz por não ter prejudicado nenhum outro corredor. A distância percorrida lhe dará uma enorme satisfação de dever cumprido, mas sente no percurso a dificuldade que é completar a prova.

O que deve ter em mente? Foco no seu objetivo; atenção; equilíbrio entre a razão e a emoção, para saber quando acelerar e quando desacelerar; esquecer o cansaço.

O importante é não parar...

Em sua mente já pensa na próxima corrida, tem que ser melhor que essa, os pés não podem sofrer tanto, tem que ter mais folego, precisa eliminar alguns problemas que tiram a concentração. Programa mentalmente que se cuidará melhor para que o corpo tenha um melhor desempenho, que esteja mais preparado física e mentalmente. Sempre na hora da corrida se conscientiza da importância de traçar metas para que os obstáculos sejam menores, os tropeços custam caro... Essa já está acabando, seja qual for o resultado, agora é pensar na próxima.

A maratona 2014 está acabando... Que a 2015 seja melhor!




sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Shakespeare


Esse texto de William Shakespeare é muito reproduzido, mas é de uma verdade irrefutável.

Feliz daquele que consegue a tempo enxergar a sua  mensagem!



O Menestrel


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destrui-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto onde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.

Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.

Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as consequências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo.

 Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.