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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Final de ciclo!

 



"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem...

O ato de ver não é coisa natural.

Precisa ser aprendido!"

Rubem Alves



Desde que chegamos para experimentar nossa experiência na fisicalidade aqui na terra, começamos e encerramos ciclos. Sejam eles de dor, de amor, de alegria e felicidade,  todos sempre tem um início (que geralmente não identificamos) e um final, normalmente sentido. O mesmo acontece com o planeta, que já passou por inúmeros ciclos, tanto naturais quanto comportamentais pela humanidade.

A experiência humana é realmente complexa e quanto mais se estuda e se penetra nessa densa camada do conhecimento, mais certeza há de que o conhecimento é ilimitado.  Nessa premissa filosófica, impossível não lembrar da famosa frase atribuída à Sócrates; “Só sei que nada sei”, que resume a importância do pensamento crítico, à incerteza e a consciência da própria ignorância.

Alguns são mais questionadores, outros nem tanto, cada qual com suas escolhas. Da minha parte, desde sempre venho tentando entender tudo o que acontece comigo nesta passagem pela terra. Da infância,  a leitura desenfreada dos muitos e muitos livros, que me levaram para tantos lugares que nem supunha existir. Curiosidade aguçada na adolescência, em um mundo que hoje inexiste, mas que consegui usufruir da melhor forma dentre minhas possibilidades. Na juventude e vida adulta o mergulho na espiritualidade, de forma bastante unilateral, acreditando e seguindo, e o pior, defendendo dogmas e verdades ditadas tanto na igreja católica, quanto no espiritismo.

Agora, me libertando das muitas crenças inseridas e adquiridas desde meu nascimento, tenho focado cada vez mais no autoconhecimento, e assim entender a finitude das situações e das coisas, em contraponto ao universo  infinito a descobrir.

São tantos conhecimentos ainda escondidos, e que talvez nem conseguiremos alcançar com nossas mentes terrenas, portanto,  entendo mesmo ser o melhor primeiramente estudar a si próprio. A famosa frase inscrita no *Oráculo de Delfos, “Conhece-te a ti mesmo” nunca fez tanto sentido.

Cada um de nós é um universo em particular, único e irrepetível. É necessário nos entender internamente antes de compreender o externo. Percebendo nossos próprios ciclos físicos e mentais, para aprender a captar e sentir os outros tantos ciclos que permeiam externamente nossa existência.

Ou seja, respeitando nossos ciclos de sono, alimentação, descanso, para então entender nossos ciclos viciosos, mentais, e só assim perceber o que não faz mais sentido, o que acabou, o que deve ser mudado. A luz e sombra, presentes em cada indivíduo, devem ser aprendidas e integradas, já que somos duais. O yin e o Yang, o bem e o mal, a busca do equilíbrio.  Conhece-te a ti mesmo, repito.

Nesta mesma linha, sigo estudando sem preconceitos todas as vertentes, e é possível lincar todos esses conhecimentos entre si e transformar em sabedoria. Astrologia, filosofia, mitologia, oráculos, as muitas religiões, as terapias holísticas e tudo mais. Que tudo nos chegue sem proibições e censura, e que estudemos sem julgamentos e preconceitos.

É bastante clara a mudança pela qual o mundo está passando. Antigos paradigmas vão se mostrando incompatíveis, valores sociais sendo alterados, mentalidades e consciências mudando, nossa vida mudou. Analisar esse momento com os aspectos planetários explicados pela astrologia, e fazer uma analogia de como estava o planeta quando estes mesmos aspectos se fizeram presentes, traz luz e entendimento. Ao mesmo tempo, entender o porquê das conclusões dos filósofos estudando a sociedade e culturas da época. Os ensinamentos das muitas religiões que na maioria das vezes convergem para um mesmo caminho. As mensagens dos muitos avatares que estiveram na fisicalidade com seus exemplos e legados. Tudo hoje exposto e disponível para quem quiser. Sem dúvida uma transformação, que cada um entende de sua forma particular, e por isso a importância da informação e conhecimento, sem medos e julgamentos.

Fim de um ciclo. E estamos por aqui presenciando este momento.

É Difícil e doloroso, mas, que oportunidade única de evolução!

 

*O Oráculo de Delfos foi um local religioso na Grécia Antiga, onde se acreditava que as sacerdotisas Pítias transmitiam mensagens divinas. O oráculo era muito procurado por pessoas comuns e importantes da sociedade, como Sócrates e Alexandre, o Grande, para fazer previsões e obter conselhos. 

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