Por
tantas vezes tento expressar aquilo que habita permanentemente minha mente e
esbarro nos tantos afazeres do dia a dia que permeiam nossa rotina destes
nossos novos tempos. Já não era, pois, hora de desacelerar? Pois a mim parece que
a cada dia tudo se acelera de forma tão grande, que não nos resta nada a não
ser a expansão da consciência para então conseguir seguir em uma vida
equilibrada e plena.
Lembro
de quando era ainda criança de ouvir que o ser humano não usava mais do que 10%
de seu cérebro. A mim parecia um total desperdício sermos dotados de um cérebro
tão potente e não o utilizarmos 100%, mas no decorrer dos anos essa afirmação foi
desmistificada pela comunidade científica que demonstrou que utilizamos 100% de
nossa capacidade cerebral, para todas as atividades desenvolvidas pelo nosso
corpo durante todo o dia, dia após dia até nossa morte. Porém, o cérebro é a
parte física, e a mente? A parte abstrata, tão adormecida neste nosso momento
planetário tão célere.
Creio,
aí sim, que temos muito a expandir a mente e o nível de consciência, porque o
mundo, tal qual se apresenta hoje precisa de pessoas despertas. Em contraponto,
toda a informação a que somos submetidos o tempo todo, nos afasta da conquista
desta expansão, pois o excesso acaba por nos alienar, pois passamos a viver de
forma automática, usando somente o cérebro para realizar as tarefas físicas e materiais,
e passamos a desenvolver problemas emocionais por conta deste adormecimento
consciencial.
É preciso despertar, parar com o modo
automático e lidar com as emoções, se abrir para as mudanças e incertezas, que
mesmo que causem dor (e sempre causam), vão nos fortalecer.
É uma busca infinita e individual que venho
travando, e entendo que a ciência se omita muitas vezes em entender a mente
humana, pois não há como tentar qualquer hipótese sem o ingrediente principal
nesse entendimento, que é a aceitação da existência de um poder superior que
nos rege e protege, mas sem as crenças religiosas que nos encarceram na mítica
do Deus punitivo e rancoroso, pois aquilo que temos é resultado de nossos próprios
pensamentos que criam nossa realidade no universo, que nos devolve aquilo que
vibramos.
A mente, portanto, é a fonte criadora da nossa realidade,
pois é nela que estão gravadas nossas crenças, medos, fobias e todas as nossas
emoções. Nossas possibilidades e incapacidades estão afinal juntas em nossa
mente. Se em sua mente você acha que consegue algo, fará tudo que for possível
e impossível a fim de alcançar aquele objetivo. Se achar que não consegue,
sequer tentará.
Quando o Príncipe Sidarta Gautama se permitiu expandir
a consciência, e despertou, tornando-se Buda, foi interrogado por um discípulo
da seguinte forma: “Senhor, já encontrastes Deus? E se o defrontastes, onde
se encontra Ele?” Buda então meditou um pouco e respondeu diretamente: “Após
penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser,
em grandiosa serenidade e ação dignificadora”.
Assim, esse é o propósito, e isso é despertar,
uma viagem dentro de si mesmo para encontrar a Deus e conseguir lidar com serenidade o mundo aqui
fora.
Interiorizar para expandir.
Tentemos!
Namastê