Nascida em meados dos anos
1960, e quase chegando aos sessenta, há muito tenho estudado astrologia, mesmo com
um hiato de 25 anos. Ou seja, estudei bastante no início de minha juventude
sobre os signos solares, mapa astral, o estudo básico, e agora depois dos cinquenta, de forma mais interessada e profunda. Obviamente, que toda
oportunidade de pesquisas está sendo ofertada e possível pelas novas tecnologias da era de
aquário, que nos ajuda a encontrar de forma mais rápida, respostas mais complexas para
entender a todas as mudanças e manifestações que encontramos por agora.
Para os que estão atentos e
sensíveis a todas essas modificações que temos presenciado no mundo, tanto no
coletivo quanto no individual, é notório que estamos ingressando em uma Nova
Era, a finalização de um grande ciclo e ingresso em outro. Isso já vem
acontecendo há décadas, mas desde 2020 notadamente perceptível.
Esse movimento iniciou na
década de 60, mas ficou mais intenso nos dias atuais, após o evento da
pandemia, e parece que se estenderá ainda por alguns anos, nos obrigando a
mudar planos e valores até então imutáveis, e focar no que deve ser considerado,
de fato, importante. São situações de intensidade bastante fortes que tem nos
obrigado a mudanças de paradigmas, comportamentos e principalmente a
necessidade de expansão da consciência.
Somos então, sem qualquer
sombra de dúvida, coparticipantes desse momento de evolução planetária, o que
certamente pode transtornar mentes e comportamentos coletivos e individuais.
De volta a astrologia, lembrando
as Eras anteriores, podemos entender o que estamos passando.
Uma era astrológica é consequência
do movimento chamado de precessão dos equinócios, um fenômeno físico que gera
uma variação gradual e contínua no eixo da terra. Esse movimento desloca o
ponto vernal, ou seja, para qual constelação o sol vai apontar. Mudar de
constelação leva cerca de 2160 anos e cada constelação indica qual era estamos
vivendo.
A
vigência de cada Era é marcada pelos símbolos astrológicos. Na Era de Touro, pudemos
observar que o Touro era um animal adorado no Egito, nesta era surgiu a
organização e o desenvolvimento da agricultura, a adoração de deuses
relacionados ao elemento terra. Na Era seguinte, a Era de Áries, começamos a
forjar o ferro e fabricar objetos de guerras, como as espadas, vimos então o
surgimento de deuses masculinos e as guerras corpo a corpo. O masculino ganhou
força e destaque nas olimpíadas gregas, que começaram a acontecer nessa Era.
Dois mil anos atrás o ponto vernal apontava então para constelação de peixes, uma era marcada pelo cristianismo e a crença na religião. Foi a época dos grandes avatares como Buda, Confúcio, Sócrates e claro o próprio Jesus Cristo, que nos apontaram caminhos e filosofias a serem seguidas. O peixe é o símbolo dessa Era. Observamos a busca da conexão com o divino, o medo do pecado e os dogmas que foram implantados na humanidade.
Chegamos
a era de Aquário, que é ar, simbolizando as trocas, a tecnologia, a
inovação, a revolução, o coletivo e o social, com o auxílio do surgimento da
internet e novas tecnologias. Percebemos também o interesse nas questões espaciais,
na consciência de não estarmos sós no universo.
Tudo
isso nos faz viver com sentimentos diversos, alguns já conscientes da nova era
e outros ainda descrentes e acreditando em finais apocalípticos dos dogmas da
era de peixes. Astrologicamente tudo isso é normal, pois é uma transição que
esbarra em vários tipos de sensações.
Creio
que esta nova era será mais afetiva e feminina, orientada pelo sentimento e a
intuição, a necessidade de nos reconectar com a natureza e a salvação do
planeta.
Independente
das crenças, que devemos desconstruir urgentemente, tudo deve convergir para um mesmo ponto, que é o da solidariedade, reconstrução e a valorização do coletivo, sem preconceitos
e reconhecendo que vivemos modelos ultrapassados.
Junto com o planeta, precisamos de uma transformação interna e externa urgentemente, acompanhando o movimento do planeta rumo a evolução, sem medos e sem perder essa carona maravilhosa.