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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Final de ciclo!

 



"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada veem...

O ato de ver não é coisa natural.

Precisa ser aprendido!"

Rubem Alves



Desde que chegamos para experimentar nossa experiência na fisicalidade aqui na terra, começamos e encerramos ciclos. Sejam eles de dor, de amor, de alegria e felicidade,  todos sempre tem um início (que geralmente não identificamos) e um final, normalmente sentido. O mesmo acontece com o planeta, que já passou por inúmeros ciclos, tanto naturais quanto comportamentais pela humanidade.

A experiência humana é realmente complexa e quanto mais se estuda e se penetra nessa densa camada do conhecimento, mais certeza há de que o conhecimento é ilimitado.  Nessa premissa filosófica, impossível não lembrar da famosa frase atribuída à Sócrates; “Só sei que nada sei”, que resume a importância do pensamento crítico, à incerteza e a consciência da própria ignorância.

Alguns são mais questionadores, outros nem tanto, cada qual com suas escolhas. Da minha parte, desde sempre venho tentando entender tudo o que acontece comigo nesta passagem pela terra. Da infância,  a leitura desenfreada dos muitos e muitos livros, que me levaram para tantos lugares que nem supunha existir. Curiosidade aguçada na adolescência, em um mundo que hoje inexiste, mas que consegui usufruir da melhor forma dentre minhas possibilidades. Na juventude e vida adulta o mergulho na espiritualidade, de forma bastante unilateral, acreditando e seguindo, e o pior, defendendo dogmas e verdades ditadas tanto na igreja católica, quanto no espiritismo.

Agora, me libertando das muitas crenças inseridas e adquiridas desde meu nascimento, tenho focado cada vez mais no autoconhecimento, e assim entender a finitude das situações e das coisas, em contraponto ao universo  infinito a descobrir.

São tantos conhecimentos ainda escondidos, e que talvez nem conseguiremos alcançar com nossas mentes terrenas, portanto,  entendo mesmo ser o melhor primeiramente estudar a si próprio. A famosa frase inscrita no *Oráculo de Delfos, “Conhece-te a ti mesmo” nunca fez tanto sentido.

Cada um de nós é um universo em particular, único e irrepetível. É necessário nos entender internamente antes de compreender o externo. Percebendo nossos próprios ciclos físicos e mentais, para aprender a captar e sentir os outros tantos ciclos que permeiam externamente nossa existência.

Ou seja, respeitando nossos ciclos de sono, alimentação, descanso, para então entender nossos ciclos viciosos, mentais, e só assim perceber o que não faz mais sentido, o que acabou, o que deve ser mudado. A luz e sombra, presentes em cada indivíduo, devem ser aprendidas e integradas, já que somos duais. O yin e o Yang, o bem e o mal, a busca do equilíbrio.  Conhece-te a ti mesmo, repito.

Nesta mesma linha, sigo estudando sem preconceitos todas as vertentes, e é possível lincar todos esses conhecimentos entre si e transformar em sabedoria. Astrologia, filosofia, mitologia, oráculos, as muitas religiões, as terapias holísticas e tudo mais. Que tudo nos chegue sem proibições e censura, e que estudemos sem julgamentos e preconceitos.

É bastante clara a mudança pela qual o mundo está passando. Antigos paradigmas vão se mostrando incompatíveis, valores sociais sendo alterados, mentalidades e consciências mudando, nossa vida mudou. Analisar esse momento com os aspectos planetários explicados pela astrologia, e fazer uma analogia de como estava o planeta quando estes mesmos aspectos se fizeram presentes, traz luz e entendimento. Ao mesmo tempo, entender o porquê das conclusões dos filósofos estudando a sociedade e culturas da época. Os ensinamentos das muitas religiões que na maioria das vezes convergem para um mesmo caminho. As mensagens dos muitos avatares que estiveram na fisicalidade com seus exemplos e legados. Tudo hoje exposto e disponível para quem quiser. Sem dúvida uma transformação, que cada um entende de sua forma particular, e por isso a importância da informação e conhecimento, sem medos e julgamentos.

Fim de um ciclo. E estamos por aqui presenciando este momento.

É Difícil e doloroso, mas, que oportunidade única de evolução!

 

*O Oráculo de Delfos foi um local religioso na Grécia Antiga, onde se acreditava que as sacerdotisas Pítias transmitiam mensagens divinas. O oráculo era muito procurado por pessoas comuns e importantes da sociedade, como Sócrates e Alexandre, o Grande, para fazer previsões e obter conselhos. 

sábado, 20 de julho de 2024

Sobre o caminho e o caminhar.

 





Renda-se como eu me rendi,

mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.

Não se preocupe em entender,

viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarisse Lispector

 

 

Depois de transitar por algumas religiões, estudar outras tantas, e cada vez mais interessada em compreender  as muitas questões que nos envolvem enquanto estamos aqui na fisicalidade, entendi  a necessidade de quebrar muitas crenças incorporadas no meu consciente, inconsciente e subconsciente, e o quanto estas crenças tinham abalado meu estado físico, emocional e espiritual. Muito estudo envolvido para isso, e o caminho certamente não chegou a termo. Muito ainda a percorrer, e correr.

A menina de seis ou sete anos, que fazia catequese no colégio de freiras, que adolescente cantava em missas católicas, começou a estudar astrologia e IChing no início da juventude, e passou a trabalhar em Centro Espírita até os quase cinquenta anos, para então retornar aos estudos com muita voracidade, buscando as muitas formas de entender o propósito de aqui estar neste planeta, encarnada e vivendo toda a sorte de experiencias que nos é ofertada dia após dia.

Neste caminho, diversos dogmas limitaram e encolheram qualquer possibilidade de expansão da minha consciência, pelas crenças incorporadas desde o nascimento, e por minha própria responsabilidade em me deixar iludir nas armadilhas do ego. Importante dizer que essa é uma visão absolutamente pessoal, eximindo de julgamentos quaisquer tipos de dogmas  e religiões seguidos por quem quer que seja, e nem querer ditar regras e certezas.

De volta ao estudo da astrologia de forma mais séria, passei a descobrir e entender as várias interferências que a movimentação dos astros tem na terra, coletiva e pessoalmente. Me conectei novamente na energia do IChing, esse oráculo poderoso que norteia muitas inspirações recebidas. Finalizei o curso de Reiki que me deu a oportunidade de espalhar essa energia amorosa e abrir as capacidades psíquicas até então adormecidas, além das meditações diárias e semanais em diversas linhas, muito estudo e conexões em diversos segmentos da espiritualidade. Tudo isso tem me feito mais centrada, calma e serena, apesar de estarmos todos navegando em mares revoltos dos tempos atuais, tanto na vida pessoal nas experiências com familiares e amigos,  quanto coletivamente nos caminhos tomados pela humanidade.

É um relato absolutamente pessoal, em que os fatos da minha vida me levaram a concluir, como  consequência das minhas próprias escolhas, dentre as muitas alternativas que eu poderia ter optado.

Como saber se estou caminhando da melhor forma? Impossível saber, diante da minha própria convicção de que temos infinitas possibilidades nas diversas linhas do tempo possíveis. Mas creio firmemente que todas as ações que demandam sucesso acontecem quando abrimos nosso campo energético para receber os influxos positivos do Universo; ou ajuda de Deus; ou ajuda dos mentores espirituais; ou sorte. De acordo com o que cada um possa sentir que seja a sua verdade.  

Pessoalmente acredito em um mundo invisível, que está em auxílio a todos, para a luz ou para a sombra, de acordo com a vibração que estamos emanando. Deus, que é propagado em todas as religiões, vibra dentro de cada um, e essa conexão só é possível sem qualquer tipo de interferência externa, caso contrário, há a possibilidade de sermos manipulados por crenças e dogmas. Para mim um caminho único e pessoal, já que sua centelha habita em mim. Por isso, após essa conclusão (que pode mudar a partir do momento que minha consciência se expanda cada vez mais), não aceito mais o rótulo de nenhum tipo dogma, mas trafego com liberdade nas diversas formas de Religare, tradução do latim da palavra religião, aceita em senso comum.  

Pode parecer contraditório, mas creio que nesta nossa realidade física, todas as formas de se chegar à conexão com seu próprio EU são válidas, de acordo com o que ressoa em cada ser. Pois o propósito de nossa vida é encontrar-se no caminho, mudar e melhorar para acessar a divindade que vive em cada um, vivendo em níveis mais elevados de consciência.

Somos únicos e irrepetíveis, cada qual com seu propósito dentre as infinitas possibilidades de ser.

Sejamos...

terça-feira, 4 de junho de 2024

Abra seus olhos


...Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada...

Cecília Meireles


Os nascidos do século XX e que ainda estão vivos na fisicalidade neste momento, tem tido a oportunidade de viver duas realidades distintas em uma mesma existência. Obviamente que tivemos alterações muito significativas no nosso planeta desde que pudemos registrar toda essa evolução, seja por documentos ou pela nossa ancestralidade, mas certamente foram bem mais morosas, que não propiciaram aos seres de então vivenciar o resultado dessas mudanças.

Já as pessoas do século passado que ainda estão por aqui fisicamente, nasceram e viveram de forma totalmente diferente da que hoje se apresenta. Sem computadores, celulares, carros automáticos, Bluetooth, IA e equipamentos eletrônicos diversos, que hoje não só coabitam a existência humana como tornaram-se indispensáveis. Vive-se atualmente uma realidade ímpar no planeta terra, e não há como retroceder.

Conversar hoje com as novas gerações nos dá a dimensão desta mudança, uma vez que são seres completamente ambientados nesse novo mundo.

Sem se ater em valores éticos, religiosos ou comportamentais, não há como negar essa evolução em diminuto espaço de nosso tempo. Uma evolução que fez nos tornarmos multidisciplinares e multitarefas, e lançou holofotes nos especialistas, uma vez que  hoje os saberes tendem a superficialidade, absolutamente necessária para melhor compreensão do nosso modo de vida atual.

Sem adentrar em temas complexos como reencarnação, dogmas,  almas, fractais de alma, espíritos e outras questões ainda mais polêmicas, usando unicamente essa nossa experiência no aqui e agora, não há dúvidas que vivemos em um momento singular por conta da evolução tecnológica que vivenciamos.

Porém, difícil não esbarrar nesta questão, onde a cada dia se desmascaram diversas crenças que arrastamos por séculos, e que nos tornaram seres adormecidos, que seguem padrões estabelecidos a muito tempo sem quaisquer tipos de questionamento e comprovação da veracidade de tais crenças. Sem contar a horda dos que se beneficiam de tal adormecimento.

É preciso despertar. E já tivemos oportunidades diversas para tal. Todas desperdiçadas.

Há tempos que diversos avatares nascem na fisicalidade da terra, para que a humanidade perceba o real propósito de sua estadia em nosso planeta, trazendo conhecimentos, evolução material e emocional, entendimento do sentido da vida e muitas outras vertentes.

Desde os povos egípcios, que nos trouxeram novas ferramentas e um novo olhar a respeito de tudo, maias, astecas, incas, bem como  gregos, romanos e outras nações, cada qual com suas especificidades. Diversos povos que sucessivamente vieram a perecer, engolidos pelos seus próprios egos e dogmas, mas que deixaram um vasto legado de conhecimento,  sempre habilmente escondidos e camuflados pelos novos líderes que os sucederam, em seu próprio benefício, criando e manipulando novos dogmas, mantendo a humanidade servil e adormecida.

Diversos mestres que aqui viveram, trazendo luz e sabedoria através de seus próprios exemplos, mas que as nações ao longo da história acabam por distorcer esses ensinamentos e percepções, com a criação de crenças e dogmas adaptados às suas próprias conveniências,  criando desta forma uma grande parte de pessoas insubmissas por não se curvarem a determinadas regras, ou outro grande rebanho de seguidores, que tudo aceitam sem questionar. Um paradoxo a essa lição deixada por todos estes mestres, que é a do equilíbrio, do caminho do meio. 

Enfim, a dualidade terrena. 

E chegamos ao ponto de uma evolução tecnológica tão rápida, com verdades sendo expostas, que nos tem feito  ter uma visão mais ampla e questionadora (àqueles que se propõe a ver), sem os cerceamentos das muitas crenças que nos tem mantido escravos por tantos e tantos séculos, limitando  o nosso olhar.

É uma reflexão por hora ainda bastante rasa, que apenas sugere a necessidade de abrir os olhos, cada um para dentro de si, sem os tantos filtros que nos foram impostos. O autoconhecimento como mola propulsora da nova era, porque é hora de se entender que não podemos terceirizar a nossa evolução.

 É tempo de despertar.

domingo, 31 de dezembro de 2023

2024...



Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa.
Da vida, flui em sombra a água nua.

Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento.

 Fernando Pessoa


No desenrolar deste ano, fui me desvencilhando das muitas convenções e crenças que trago dessa e certamente de outras vidas. Um ano de muito estudo, desafios intensos, mas muitas vitórias e  aprendizado, e certamente continuará enquanto estiver na fisicalidade.

Expressar gratidão em tempos turbulentos pode ser difícil para quem fica mergulhado somente em problemas, mas tentando fazer jus ao meu signo solar, estou sempre contra balançando com tudo de positivo que aconteceu, e não foram poucas coisas. Equilíbrio sempre!

Tenho muito a agradecer neste último giro do nosso planetinha ao redor do sol: concluí um tratamento médico com total sucesso e comemorei realizando um sonho de infância ao conhecer Paris; intensifiquei ainda mais na busca do autoconhecimento de forma mais abrangente e venho me surpreendendo com as muitas coisas bacanas que tenho descoberto. Concluí diversos cursos, onde destaco meu mestrado em Reiki que me trouxe o verdadeiro sentido de compaixão ao próximo; minhas deliciosas Meditações às sextas que vem  me ajudando no centramento necessário para o dia a dia; o Pilates que continua me deixando longe dos remédios e mantendo minha locomoção, e são tantas coisas a agradecer, que assim me esqueço das muitas coisas que não foram legais, mas que agradeço igualmente pois me ensinaram muito.

Nas convenções sociais que adotamos, este 2023 do calendário gregoriano finda hoje, dia 31 de dezembro. Mesmo nesta ilusão criada para que possamos contar o tempo, que possamos acreditar que ao raiar do ano novo estipulado, estejamos renovados e dispostos para mais um ciclo de conquistas e superações. 

De verdade desejo que possamos ser mais leves.

Que tenhamos mais carinho e compreensão.

Mais paciência e compaixão.

Mais humanidade e mais perdão.

Mais coragem.

Mais amor.

Muita luz!


quarta-feira, 1 de novembro de 2023

02/11/2023




Se meu pai ainda estivesse vivo, teria completado 93 anos em setembro. Ele se foi em 2012, e naquele ano vivíamos em um mundo completamente diferente deste em que estamos. Não existia ainda o WhatsApp, bem como as fotos e vídeos em profusão. Tudo apenas começava naquela época, com pequenas mensagens pelos celulares ainda modestos, e as Redes Sociais eram para uma pequena minoria, na maioria adolescentes e jovens,  e uma pequena parcela de adultos mais antenados em tecnologia. 

Nestes míseros onze anos, fomos e estamos ainda, sendo submetidos a uma intensa transformação que alterou nossa forma de viver e pensar.

Que diria ele diante das infinitas possibilidades de conhecimento e informação que temos hoje pela internet? Estaria maravilhado e surpreso. Mas estaria também muito preocupado com a gigantesca falta de interação pessoal que temos hoje, pois quase inexiste o diálogo, somente pequenos monólogos enviados alternados, escritos, ou em áudio, ou em vídeo. Linhas telefônicas quase que obsoletas.

Certamente ele adoraria as smarts TVs, e ficaria horas e horas nas inúmeras plataformas de streaming, e com certeza no YouTube, e depois no telefone iria contar todas as novidades que viu e descobriu.

Não, ele não usaria o WhatsApp... Talvez aprenderia a mandar áudios.

Um capítulo a parte seria andar de carro com ele, o GPS, o telefone integrado, tela de led no painel, ele iria adorar!

Os novos costumes iriam choca-lo de início, mas depois se acostumaria e concordaria com as novas formas de viver, só não toleraria de forma alguma o desrespeito e os "cancelamentos" que hoje existem, e sofreria muito no convívio com as novas gerações e sua forma tão dura de julgamentos sobre o certo e o errado. 

Difícil saber como ele estaria neste novo universo, mas certamente o meu mundo hoje seria outro com sua presença. 


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

57

 



03/10/2023

Um merecido brinde neste dia em que a terra deu mais uma voltinha em torno do sol na minha existência neste plano, neste novo ciclo que se inicia.

Muita gratidão por todos os ensinamentos que tenho recebido em minha vida. Com todas as dores e dissabores, em contraponto a tantas bençãos e alegrias que tenho tido ao longo dos anos, cada vez mais consciente que a felicidade é uma energia que temos que captar e nos conectar independente de se ter tudo ou não se ter nada!

Eterna gratidão aos meus pais por essa oportunidade de aqui estar nessa experiência, e ao poder superior pela proteção e auxílio.

Gratidão ainda às tantas felicitações recebidas dos amigos e familiares.


"Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça." 

                                                                                                                      Cora Coralina

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Astrologia e a nova era

 


Nascida em meados dos anos 1960, e quase chegando aos sessenta, há muito tenho estudado astrologia, mesmo com um hiato de 25 anos. Ou seja, estudei bastante no início de minha juventude sobre os signos solares, mapa astral, o estudo básico,  e agora depois dos cinquenta, de forma mais interessada e profunda. Obviamente, que toda oportunidade de pesquisas está sendo ofertada e possível pelas novas tecnologias da era de aquário, que nos ajuda a encontrar de forma mais rápida, respostas mais complexas para entender a todas as mudanças e manifestações que encontramos por agora.

Para os que estão atentos e sensíveis a todas essas modificações que temos presenciado no mundo, tanto no coletivo quanto no individual, é notório que estamos ingressando em uma Nova Era, a finalização de um grande ciclo e ingresso em outro. Isso já vem acontecendo há décadas, mas desde 2020 notadamente perceptível.

Esse movimento iniciou na década de 60, mas ficou mais intenso nos dias atuais, após o evento da pandemia, e parece que se estenderá ainda por alguns anos, nos obrigando a mudar planos e valores até então imutáveis, e focar no que deve ser considerado, de fato, importante. São situações de intensidade bastante fortes que tem nos obrigado a mudanças de paradigmas, comportamentos e principalmente a necessidade de expansão da consciência.

Somos então, sem qualquer sombra de dúvida, coparticipantes desse momento de evolução planetária, o que certamente pode transtornar mentes e comportamentos coletivos e individuais.

De volta a astrologia, lembrando as Eras anteriores, podemos entender o que estamos passando.

Uma era astrológica é consequência do movimento chamado de precessão dos equinócios, um fenômeno físico que gera uma variação gradual e contínua no eixo da terra. Esse movimento desloca o ponto vernal, ou seja, para qual constelação o sol vai apontar. Mudar de constelação leva cerca de 2160 anos e cada constelação indica qual era estamos vivendo.

A vigência de cada Era é marcada pelos símbolos astrológicos. Na Era de Touro, pudemos observar que o Touro era um animal adorado no Egito, nesta era surgiu a organização e o desenvolvimento da agricultura, a adoração de deuses relacionados ao elemento terra. Na Era seguinte, a Era de Áries, começamos a forjar o ferro e fabricar objetos de guerras, como as espadas, vimos então o surgimento de deuses masculinos e as guerras corpo a corpo. O masculino ganhou força e destaque nas olimpíadas gregas, que começaram a acontecer nessa Era. 

Dois mil anos atrás o ponto vernal apontava então para constelação de peixes, uma era marcada pelo cristianismo e a crença na religião. Foi a época dos grandes avatares como Buda, Confúcio, Sócrates e claro o próprio Jesus Cristo, que nos apontaram caminhos e filosofias a serem seguidas. O peixe é o símbolo dessa Era. Observamos a busca da conexão com o divino, o medo do pecado e os dogmas que foram implantados na humanidade.

Chegamos a era de Aquário, que é ar, simbolizando as trocas, a tecnologia, a inovação, a revolução, o coletivo e o social, com o auxílio do surgimento da internet e novas tecnologias. Percebemos também o interesse nas questões espaciais, na consciência de não estarmos sós no universo.

Tudo isso nos faz viver com sentimentos diversos, alguns já conscientes da nova era e outros ainda descrentes e acreditando em finais apocalípticos dos dogmas da era de peixes. Astrologicamente tudo isso é normal, pois é uma transição que esbarra em vários tipos de sensações.

Creio que esta nova era será mais afetiva e feminina, orientada pelo sentimento e a intuição, a necessidade de nos reconectar com a natureza e a salvação do planeta.

Independente das crenças, que devemos desconstruir urgentemente, tudo deve convergir para um mesmo ponto, que é o da solidariedade, reconstrução e a valorização do coletivo, sem preconceitos e reconhecendo que vivemos modelos ultrapassados.

Junto com o planeta, precisamos de uma transformação interna e externa urgentemente, acompanhando o movimento do planeta rumo a evolução, sem medos e sem perder essa carona maravilhosa.

sábado, 8 de abril de 2023

Uma nova Páscoa!


 


Já comemorei a páscoa muitos anos, desde criança. Primeiro na Igreja Católica, da qual fiz parte nos meus primeiros dezoito anos de vida. Lembro-me que desde a quarta-feira de cinzas, era um período de muitas reflexões e respeito, e de campanhas em auxílio aos mais necessitados que fazíamos no colégio de freiras em que eu estudava. Fazíamos competições entre as classes de quem arrecadava mais dinheiro para a campanha da fraternidade... lembro que uma vez, cheguei a pegar escondido da carteira (furtar mesmo!) da minha mãe um boa quantia para doar na classe para conseguirmos "ganhar" a competição. Não sei se ganhamos, mas lembro das boas palmadas que recebi da minha mãe por ter pego o dinheiro. E na minha cabeça por muitos anos me senti injustiçada por ter sido penalizada por dar dinheiro para a igreja ajudar aos pobres, em um total conflito sobre dar ou não a quem tem menos.

Um outro ano, ainda criança, passei a sexta feira santa totalmente em jejum, lendo o evangelho e "tentando" sofrer em memória de Jesus. Devia estar com sete anos e estava fazendo o catecismo para a primeira comunhão. Os anos seguintes, sempre um dia de muito respeito, sem alegria, sem música, sem muita comida, para no domingo sim, celebrar e esquecer toda a tristeza. Jamais recebi qualquer explicação do porquê de tudo isso, porque tínhamos que sempre lembrar do sofrimento de Jesus só neste dia... e sendo católica, portanto não acreditando em reencarnação, tentava entender o que eu tinha a ver com o que fizeram para Jesus e porque eu estava em pecado se eu não tinha nada a ver com com tudo aquilo. E com o passar dos anos eu pensava, será que Jesus acha legal isso? Deus nos quer ver sofrendo? Todas essas indagações me distanciaram da Igreja e acabei passando por um hiato em que a Páscoa era basicamente um almoço na sexta sem carne e uma comemoração em família no domingo.

Fui aos poucos entendendo, já na vida adulta, os simbolismos escondidos nesta data, apesar de ainda envoltos em grandes véus de crenças limitantes. O sentido da fraternidade, de ajuda ao próximo, o renascimento pelo exemplo de Jesus, e tudo o mais, porém ainda no sentido do pecado, agora carma, que temos que resgatar pelo sofrimento. Mas já entendendo que pelo amor era possível resgatar todos os erros, mesmo sendo muito difícil, a aceitando até que era impossível.

Fomos ensinados desde sempre que somos pecadores e portanto, temos que nos redimir passando por todo o rol de sofrimentos e dificuldades, e mesmo assim jamais alcançaremos o exemplo de Jesus, que nos deu a vida pelos pecados da humanidade. Ou seja, já nascemos sabendo que jamais alcançaremos esse patamar, salvo se conseguirmos fazer o mesmo, e aí poderemos até virar santos, ou, se preferir, um ser de luz. Uma meta quase impossível a meu ver, para mim. 

Depois de muitos anos aceitando o sofrimento como fatos da vida, muitas rasteiras e decepções, muita dor e provações (como qualquer ser humano), começo a me desfazer dessas crenças e estudando mais todos esses simbolismos sem nenhuma religião, dogmas e crenças.

Em nada quero desrespeitar a quem quer que seja que siga os ritos e dogmas das muitas religiões, principalmente as cristãs, até porque acredito no Cristo, que foi enviado à terra, para mudar significativamente a humanidade, e conseguiu, pois até hoje é lembrado. Mas, para mim, seu exemplo vem sendo deturpado há muitos séculos por crenças limitantes que nos desconectaram completamente do que ele propôs.

Hoje começo a entender a Páscoa como uma festa dedicada a renovação da vida, uma comemoração que se iniciou 12 séculos a.C, quando, após o equinócio da primavera*, no hemisfério norte, se festejava a primeira lua cheia da primavera, onde novamente os frutos e flores começavam a renascer. A vida renascia então. O tempo era medido pela lua, que rege a natureza, e não pelo sol como é hoje. Sendo uma festa da lua, que regulava a natureza, a procriação animal e humana, a lua é o símbolo exato da renovação da vida.

Primeiro os judeus passaram a comemorar o Deus deles nesta data, e a Igreja Católica incorporou no calendário cristão, no século V d.C. E a ressurreição de Jesus se encaixou perfeitamente na ideia de renovação da vida. E com o calendário juliano, e posteriormente o gregoriano**, esquecida a natureza, a data ficou fixa, regida pelo sol.

Assim, independente de religiões e dogmas, a Páscoa é tempo de renascer e renovar a fé, entendendo que os problemas e desafios vem em ciclos como as estações do ano,  e a colheita, ora boa e ora ruim, depende do que foi plantado anteriormente. Que possamos despertar e desconstruir esse sentido de pecado e punição que nos foi incutido por tantas gerações e gerações, em tantos séculos e séculos, onde fomos nos desconectando do sentido mágico da natureza e sua sabedoria sagrada dada pela fonte criadora que tudo é, ou Deus, como ressoar em cada um.

E assim,  que seja uma Páscoa de luz, paz e bençãos, 

a todos os homens de boa vontade!


*Equinócio de primavera é o fenômeno astronômico que marca o início oficial desta estação no hemisfério norte, entre os dias 20 e 21 de março

**Calendário Gregoriano foi criado em 1582, para ajustar o ano civil ao ano solar, período que a Terra leva para dar uma volta ao redor do Sol, substituindo o calendário juliano, romano.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia da Mulher

 



Já é tempo de reverenciar por toda evolução conquistada. Uma nova visão para comemorar e enaltecer as mulheres. Claro que a igualdade de gênero ainda não está completa, bem como outras, e temos ainda que nos posicionar para obter o devido respeito, mas não se pode esquecer que em muito pouco tempo temos conseguido suplantar milênios em que a mulher foi considerada um ser de segunda classe, só pelo fato de ser mulher.

Sabemos que vários foram os motivos que trouxeram a mulher a total subjugação na sociedade, e que o poder da mulher foi retirado a tanto tempo que não conseguimos sequer identificar quando o homem foi colocado no topo da cadeia. Até porque a história foi escrita somente por homens até bem pouco tempo.

Provavelmente muitos milênios a.c., iniciou-se uma era com a imagem da mulher em condições equivalentes à de escrava, numa época em que ser livre significava, basicamente, ser homem. As funções primordiais femininas eram a reprodução, a amamentação e a criação dos filhos.

Já na idade média, um marco no que diz respeito à história das mulheres foi a perseguição, mais conhecida como “caça às bruxas”. Foi um genocídio praticado contra o sexo feminino, na Europa e nas Américas, em que muitas mulheres sofreram agressões e até mesmo perderam suas vidas por serem consideradas feiticeiras.

Na verdade, as Bruxas eram todas e quaisquer mulheres que agiam contra o tradicional e questionavam o sistema. Por isso, era preciso achar um motivo para que a sociedade se voltasse contra elas, para serem julgadas e condenadas a fogueira para serem queimadas basicamente por serem do sexo feminino. Os dogmas religiosos perpetuavam e a religião dominava a sociedade totalmente gerida pelos homens. No “Manual de Caça às Bruxas” de Jacques Sprenger, um monge inquisidor nomeado pelo Papa Inocêncio VIII, publicado no final do século XV, se fazia referência a textos sagrados que mencionavam a criação da mulher, justificando sua inferioridade, em decorrência de a primeira delas ter se formado de uma costela defeituosa de adão, sendo, por esse motivo, um ser vivo imperfeito. Sem dúvida foi o ápice da subjugação total das mulheres.

Já o Brasil regulava-se pelas leis portuguesas, onde o mesmo conservadorismo patriarcal vivido na idade média se fazia presente. a Igreja deu início à educação, que não incluía as mulheres e pregava-se que a mulher devia obediência cega não só ao pai e o marido como também a religião. Consequentemente a mulher vivia enclausurada sem contato com o mundo exterior. Seus dois únicos motivos de viver eram o lar e a igreja. Não era permitido estudar e aprender a ler e somente lhes eram ensinadas técnicas manuais e domésticas. Era a forma a mantê-la subjugada desprovendo-a de conhecimentos que lhe permitissem pensar em igualdade de direitos. Era educada para sentir-se feliz como “mero objeto” então só conhecia obrigações, e assim o foi até o final do século XVIII, onde as constituições Brasileiras começaram a dispor sobre os princípios de igualdade, porém ainda de forma genérica, sem citar expressamente a proibição da discriminação em função do sexo, talvez como reflexo da Revolução Francesa, que deu início a uma grande mudança no pensar da humanidade no final do século XVII.

Mesmo assim, somente na Constituição de 1988 é que foi expressa a igualdade entre homens e mulheres, apesar de que desde a Constituição de 1934 era admitida a igualdade de todos perante a Lei. Assim, desde então temos instrumentos legais para alicerçar a luta, ainda em andamento, pela igualdade. Muitos de nós testemunhas oculares desta história recente.

Portanto hoje creio ser tempo de comemorar tamanha evolução social apesar do tanto ainda a ser percorrido.

Sob outra ótica, quero hoje comemorar todos esses avanços, pois caso contrário, após a publicação deste texto, seria julgada e certamente levada para a fogueira. E que no futuro o 8M seja somente história, e o Ser Humano o seja independente de gênero, raça, cor, orientação sexual ou religiosa.


“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome” 

Clarisse Lispector

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

2023


 




Temos sempre duas escolhas diante das adversidades da vida.


Ou nos vitimizamos e tentamos arrumar culpados, ou entendemos que a vida nos entrega lições que devem ser enfrentadas para nossa evolução e aprendizado.

Dos muitos desafios que me tem sido dados ao longo dos dois últimos anos, tenho tentado entender quais lições me tem sido propostas. Algumas já foram aprendidas e assimiladas, outras ainda sendo entendidas e resolvidas.

Certamente neste trajeto, muitas desilusões, decepções e verdades doloridas foram expostas. Mas por outro lado, desde que aprendi que nada posso controlar, exceto a minha mente e o meu EU, o poder superior tem me levado em um fluxo divino na solução de todos os desafios, cada qual a seu tempo, que não é o meu tempo.

Esse é o verdadeiro “flow” a que me entrego todos os dias ao amanhecer, e a colheita tem sido bastante auspiciosa.

Muita gratidão ao poder superior e meus mestres espirituais que tem me amparado sempre para que o universo siga me entregando todas as coisas boas que tenho vibrado!

Que em 2023 eu vibre e viva dentro da luz!