Páginas

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Astrologia e a nova era

 


Nascida em meados dos anos 1960, e quase chegando aos sessenta, há muito tenho estudado astrologia, mesmo com um hiato de 25 anos. Ou seja, estudei bastante no início de minha juventude sobre os signos solares, mapa astral, o estudo básico,  e agora depois dos cinquenta, de forma mais interessada e profunda. Obviamente, que toda oportunidade de pesquisas está sendo ofertada e possível pelas novas tecnologias da era de aquário, que nos ajuda a encontrar de forma mais rápida, respostas mais complexas para entender a todas as mudanças e manifestações que encontramos por agora.

Para os que estão atentos e sensíveis a todas essas modificações que temos presenciado no mundo, tanto no coletivo quanto no individual, é notório que estamos ingressando em uma Nova Era, a finalização de um grande ciclo e ingresso em outro. Isso já vem acontecendo há décadas, mas desde 2020 notadamente perceptível.

Esse movimento iniciou na década de 60, mas ficou mais intenso nos dias atuais, após o evento da pandemia, e parece que se estenderá ainda por alguns anos, nos obrigando a mudar planos e valores até então imutáveis, e focar no que deve ser considerado, de fato, importante. São situações de intensidade bastante fortes que tem nos obrigado a mudanças de paradigmas, comportamentos e principalmente a necessidade de expansão da consciência.

Somos então, sem qualquer sombra de dúvida, coparticipantes desse momento de evolução planetária, o que certamente pode transtornar mentes e comportamentos coletivos e individuais.

De volta a astrologia, lembrando as Eras anteriores, podemos entender o que estamos passando.

Uma era astrológica é consequência do movimento chamado de precessão dos equinócios, um fenômeno físico que gera uma variação gradual e contínua no eixo da terra. Esse movimento desloca o ponto vernal, ou seja, para qual constelação o sol vai apontar. Mudar de constelação leva cerca de 2160 anos e cada constelação indica qual era estamos vivendo.

A vigência de cada Era é marcada pelos símbolos astrológicos. Na Era de Touro, pudemos observar que o Touro era um animal adorado no Egito, nesta era surgiu a organização e o desenvolvimento da agricultura, a adoração de deuses relacionados ao elemento terra. Na Era seguinte, a Era de Áries, começamos a forjar o ferro e fabricar objetos de guerras, como as espadas, vimos então o surgimento de deuses masculinos e as guerras corpo a corpo. O masculino ganhou força e destaque nas olimpíadas gregas, que começaram a acontecer nessa Era. 

Dois mil anos atrás o ponto vernal apontava então para constelação de peixes, uma era marcada pelo cristianismo e a crença na religião. Foi a época dos grandes avatares como Buda, Confúcio, Sócrates e claro o próprio Jesus Cristo, que nos apontaram caminhos e filosofias a serem seguidas. O peixe é o símbolo dessa Era. Observamos a busca da conexão com o divino, o medo do pecado e os dogmas que foram implantados na humanidade.

Chegamos a era de Aquário, que é ar, simbolizando as trocas, a tecnologia, a inovação, a revolução, o coletivo e o social, com o auxílio do surgimento da internet e novas tecnologias. Percebemos também o interesse nas questões espaciais, na consciência de não estarmos sós no universo.

Tudo isso nos faz viver com sentimentos diversos, alguns já conscientes da nova era e outros ainda descrentes e acreditando em finais apocalípticos dos dogmas da era de peixes. Astrologicamente tudo isso é normal, pois é uma transição que esbarra em vários tipos de sensações.

Creio que esta nova era será mais afetiva e feminina, orientada pelo sentimento e a intuição, a necessidade de nos reconectar com a natureza e a salvação do planeta.

Independente das crenças, que devemos desconstruir urgentemente, tudo deve convergir para um mesmo ponto, que é o da solidariedade, reconstrução e a valorização do coletivo, sem preconceitos e reconhecendo que vivemos modelos ultrapassados.

Junto com o planeta, precisamos de uma transformação interna e externa urgentemente, acompanhando o movimento do planeta rumo a evolução, sem medos e sem perder essa carona maravilhosa.

sábado, 8 de abril de 2023

Uma nova Páscoa!


 


Já comemorei a páscoa muitos anos, desde criança. Primeiro na Igreja Católica, da qual fiz parte nos meus primeiros dezoito anos de vida. Lembro-me que desde a quarta-feira de cinzas, era um período de muitas reflexões e respeito, e de campanhas em auxílio aos mais necessitados que fazíamos no colégio de freiras em que eu estudava. Fazíamos competições entre as classes de quem arrecadava mais dinheiro para a campanha da fraternidade... lembro que uma vez, cheguei a pegar escondido da carteira (furtar mesmo!) da minha mãe um boa quantia para doar na classe para conseguirmos "ganhar" a competição. Não sei se ganhamos, mas lembro das boas palmadas que recebi da minha mãe por ter pego o dinheiro. E na minha cabeça por muitos anos me senti injustiçada por ter sido penalizada por dar dinheiro para a igreja ajudar aos pobres, em um total conflito sobre dar ou não a quem tem menos.

Um outro ano, ainda criança, passei a sexta feira santa totalmente em jejum, lendo o evangelho e "tentando" sofrer em memória de Jesus. Devia estar com sete anos e estava fazendo o catecismo para a primeira comunhão. Os anos seguintes, sempre um dia de muito respeito, sem alegria, sem música, sem muita comida, para no domingo sim, celebrar e esquecer toda a tristeza. Jamais recebi qualquer explicação do porquê de tudo isso, porque tínhamos que sempre lembrar do sofrimento de Jesus só neste dia... e sendo católica, portanto não acreditando em reencarnação, tentava entender o que eu tinha a ver com o que fizeram para Jesus e porque eu estava em pecado se eu não tinha nada a ver com com tudo aquilo. E com o passar dos anos eu pensava, será que Jesus acha legal isso? Deus nos quer ver sofrendo? Todas essas indagações me distanciaram da Igreja e acabei passando por um hiato em que a Páscoa era basicamente um almoço na sexta sem carne e uma comemoração em família no domingo.

Fui aos poucos entendendo, já na vida adulta, os simbolismos escondidos nesta data, apesar de ainda envoltos em grandes véus de crenças limitantes. O sentido da fraternidade, de ajuda ao próximo, o renascimento pelo exemplo de Jesus, e tudo o mais, porém ainda no sentido do pecado, agora carma, que temos que resgatar pelo sofrimento. Mas já entendendo que pelo amor era possível resgatar todos os erros, mesmo sendo muito difícil, a aceitando até que era impossível.

Fomos ensinados desde sempre que somos pecadores e portanto, temos que nos redimir passando por todo o rol de sofrimentos e dificuldades, e mesmo assim jamais alcançaremos o exemplo de Jesus, que nos deu a vida pelos pecados da humanidade. Ou seja, já nascemos sabendo que jamais alcançaremos esse patamar, salvo se conseguirmos fazer o mesmo, e aí poderemos até virar santos, ou, se preferir, um ser de luz. Uma meta quase impossível a meu ver, para mim. 

Depois de muitos anos aceitando o sofrimento como fatos da vida, muitas rasteiras e decepções, muita dor e provações (como qualquer ser humano), começo a me desfazer dessas crenças e estudando mais todos esses simbolismos sem nenhuma religião, dogmas e crenças.

Em nada quero desrespeitar a quem quer que seja que siga os ritos e dogmas das muitas religiões, principalmente as cristãs, até porque acredito no Cristo, que foi enviado à terra, para mudar significativamente a humanidade, e conseguiu, pois até hoje é lembrado. Mas, para mim, seu exemplo vem sendo deturpado há muitos séculos por crenças limitantes que nos desconectaram completamente do que ele propôs.

Hoje começo a entender a Páscoa como uma festa dedicada a renovação da vida, uma comemoração que se iniciou 12 séculos a.C, quando, após o equinócio da primavera*, no hemisfério norte, se festejava a primeira lua cheia da primavera, onde novamente os frutos e flores começavam a renascer. A vida renascia então. O tempo era medido pela lua, que rege a natureza, e não pelo sol como é hoje. Sendo uma festa da lua, que regulava a natureza, a procriação animal e humana, a lua é o símbolo exato da renovação da vida.

Primeiro os judeus passaram a comemorar o Deus deles nesta data, e a Igreja Católica incorporou no calendário cristão, no século V d.C. E a ressurreição de Jesus se encaixou perfeitamente na ideia de renovação da vida. E com o calendário juliano, e posteriormente o gregoriano**, esquecida a natureza, a data ficou fixa, regida pelo sol.

Assim, independente de religiões e dogmas, a Páscoa é tempo de renascer e renovar a fé, entendendo que os problemas e desafios vem em ciclos como as estações do ano,  e a colheita, ora boa e ora ruim, depende do que foi plantado anteriormente. Que possamos despertar e desconstruir esse sentido de pecado e punição que nos foi incutido por tantas gerações e gerações, em tantos séculos e séculos, onde fomos nos desconectando do sentido mágico da natureza e sua sabedoria sagrada dada pela fonte criadora que tudo é, ou Deus, como ressoar em cada um.

E assim,  que seja uma Páscoa de luz, paz e bençãos, 

a todos os homens de boa vontade!


*Equinócio de primavera é o fenômeno astronômico que marca o início oficial desta estação no hemisfério norte, entre os dias 20 e 21 de março

**Calendário Gregoriano foi criado em 1582, para ajustar o ano civil ao ano solar, período que a Terra leva para dar uma volta ao redor do Sol, substituindo o calendário juliano, romano.

quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia da Mulher

 



Já é tempo de reverenciar por toda evolução conquistada. Uma nova visão para comemorar e enaltecer as mulheres. Claro que a igualdade de gênero ainda não está completa, bem como outras, e temos ainda que nos posicionar para obter o devido respeito, mas não se pode esquecer que em muito pouco tempo temos conseguido suplantar milênios em que a mulher foi considerada um ser de segunda classe, só pelo fato de ser mulher.

Sabemos que vários foram os motivos que trouxeram a mulher a total subjugação na sociedade, e que o poder da mulher foi retirado a tanto tempo que não conseguimos sequer identificar quando o homem foi colocado no topo da cadeia. Até porque a história foi escrita somente por homens até bem pouco tempo.

Provavelmente muitos milênios a.c., iniciou-se uma era com a imagem da mulher em condições equivalentes à de escrava, numa época em que ser livre significava, basicamente, ser homem. As funções primordiais femininas eram a reprodução, a amamentação e a criação dos filhos.

Já na idade média, um marco no que diz respeito à história das mulheres foi a perseguição, mais conhecida como “caça às bruxas”. Foi um genocídio praticado contra o sexo feminino, na Europa e nas Américas, em que muitas mulheres sofreram agressões e até mesmo perderam suas vidas por serem consideradas feiticeiras.

Na verdade, as Bruxas eram todas e quaisquer mulheres que agiam contra o tradicional e questionavam o sistema. Por isso, era preciso achar um motivo para que a sociedade se voltasse contra elas, para serem julgadas e condenadas a fogueira para serem queimadas basicamente por serem do sexo feminino. Os dogmas religiosos perpetuavam e a religião dominava a sociedade totalmente gerida pelos homens. No “Manual de Caça às Bruxas” de Jacques Sprenger, um monge inquisidor nomeado pelo Papa Inocêncio VIII, publicado no final do século XV, se fazia referência a textos sagrados que mencionavam a criação da mulher, justificando sua inferioridade, em decorrência de a primeira delas ter se formado de uma costela defeituosa de adão, sendo, por esse motivo, um ser vivo imperfeito. Sem dúvida foi o ápice da subjugação total das mulheres.

Já o Brasil regulava-se pelas leis portuguesas, onde o mesmo conservadorismo patriarcal vivido na idade média se fazia presente. a Igreja deu início à educação, que não incluía as mulheres e pregava-se que a mulher devia obediência cega não só ao pai e o marido como também a religião. Consequentemente a mulher vivia enclausurada sem contato com o mundo exterior. Seus dois únicos motivos de viver eram o lar e a igreja. Não era permitido estudar e aprender a ler e somente lhes eram ensinadas técnicas manuais e domésticas. Era a forma a mantê-la subjugada desprovendo-a de conhecimentos que lhe permitissem pensar em igualdade de direitos. Era educada para sentir-se feliz como “mero objeto” então só conhecia obrigações, e assim o foi até o final do século XVIII, onde as constituições Brasileiras começaram a dispor sobre os princípios de igualdade, porém ainda de forma genérica, sem citar expressamente a proibição da discriminação em função do sexo, talvez como reflexo da Revolução Francesa, que deu início a uma grande mudança no pensar da humanidade no final do século XVII.

Mesmo assim, somente na Constituição de 1988 é que foi expressa a igualdade entre homens e mulheres, apesar de que desde a Constituição de 1934 era admitida a igualdade de todos perante a Lei. Assim, desde então temos instrumentos legais para alicerçar a luta, ainda em andamento, pela igualdade. Muitos de nós testemunhas oculares desta história recente.

Portanto hoje creio ser tempo de comemorar tamanha evolução social apesar do tanto ainda a ser percorrido.

Sob outra ótica, quero hoje comemorar todos esses avanços, pois caso contrário, após a publicação deste texto, seria julgada e certamente levada para a fogueira. E que no futuro o 8M seja somente história, e o Ser Humano o seja independente de gênero, raça, cor, orientação sexual ou religiosa.


“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome” 

Clarisse Lispector

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

2023


 




Temos sempre duas escolhas diante das adversidades da vida.


Ou nos vitimizamos e tentamos arrumar culpados, ou entendemos que a vida nos entrega lições que devem ser enfrentadas para nossa evolução e aprendizado.

Dos muitos desafios que me tem sido dados ao longo dos dois últimos anos, tenho tentado entender quais lições me tem sido propostas. Algumas já foram aprendidas e assimiladas, outras ainda sendo entendidas e resolvidas.

Certamente neste trajeto, muitas desilusões, decepções e verdades doloridas foram expostas. Mas por outro lado, desde que aprendi que nada posso controlar, exceto a minha mente e o meu EU, o poder superior tem me levado em um fluxo divino na solução de todos os desafios, cada qual a seu tempo, que não é o meu tempo.

Esse é o verdadeiro “flow” a que me entrego todos os dias ao amanhecer, e a colheita tem sido bastante auspiciosa.

Muita gratidão ao poder superior e meus mestres espirituais que tem me amparado sempre para que o universo siga me entregando todas as coisas boas que tenho vibrado!

Que em 2023 eu vibre e viva dentro da luz!

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Interiorizar-se para expandir!

 


Por tantas vezes tento expressar aquilo que habita permanentemente minha mente e esbarro nos tantos afazeres do dia a dia que permeiam nossa rotina destes nossos novos tempos. Já não era, pois, hora de desacelerar? Pois a mim parece que a cada dia tudo se acelera de forma tão grande, que não nos resta nada a não ser a expansão da consciência para então conseguir seguir em uma vida equilibrada e plena.

Lembro de quando era ainda criança de ouvir que o ser humano não usava mais do que 10% de seu cérebro. A mim parecia um total desperdício sermos dotados de um cérebro tão potente e não o utilizarmos 100%, mas no decorrer dos anos essa afirmação foi desmistificada pela comunidade científica que demonstrou que utilizamos 100% de nossa capacidade cerebral, para todas as atividades desenvolvidas pelo nosso corpo durante todo o dia, dia após dia até nossa morte. Porém, o cérebro é a parte física, e a mente? A parte abstrata, tão adormecida neste nosso momento planetário tão célere.

Creio, aí sim, que temos muito a expandir a mente e o nível de consciência, porque o mundo, tal qual se apresenta hoje precisa de pessoas despertas. Em contraponto, toda a informação a que somos submetidos o tempo todo, nos afasta da conquista desta expansão, pois o excesso acaba por nos alienar, pois passamos a viver de forma automática, usando somente o cérebro para realizar as tarefas físicas e materiais, e passamos a desenvolver problemas emocionais por conta deste adormecimento consciencial.

É preciso despertar, parar com o modo automático e lidar com as emoções, se abrir para as mudanças e incertezas, que mesmo que causem dor (e sempre causam), vão nos fortalecer.

É uma busca infinita e individual que venho travando, e entendo que a ciência se omita muitas vezes em entender a mente humana, pois não há como tentar qualquer hipótese sem o ingrediente principal nesse entendimento, que é a aceitação da existência de um poder superior que nos rege e protege, mas sem as crenças religiosas que nos encarceram na mítica do Deus punitivo e rancoroso, pois aquilo que temos é resultado de nossos próprios pensamentos que criam nossa realidade no universo, que nos devolve aquilo que vibramos.

A mente, portanto, é a fonte criadora da nossa realidade, pois é nela que estão gravadas nossas crenças, medos, fobias e todas as nossas emoções. Nossas possibilidades e incapacidades estão afinal juntas em nossa mente. Se em sua mente você acha que consegue algo, fará tudo que for possível e impossível a fim de alcançar aquele objetivo. Se achar que não consegue, sequer tentará.

Quando o Príncipe Sidarta Gautama se permitiu expandir a consciência, e despertou, tornando-se Buda, foi interrogado por um discípulo da seguinte forma: “Senhor, já encontrastes Deus? E se o defrontastes, onde se encontra Ele?” Buda então meditou um pouco e respondeu diretamente: “Após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora”.

Assim, esse é o propósito, e isso é despertar, uma viagem dentro de si mesmo para encontrar a Deus e conseguir lidar com serenidade o mundo aqui fora. 

Interiorizar para expandir.

Tentemos!

Namastê

terça-feira, 15 de março de 2022

Seres da Nova Era

 




Seremos nós os seres da nova era? Saberemos sê-lo?  O quanto e o que nos falta?

 

Historicamente verificamos a evolução da humanidade nos quesitos de conhecimento e tecnologia. Evoluindo desde o início dos tempos, da sensação ao instinto; do instinto a inteligência; e da inteligência ao discernimento, o homem alcançou conhecimento impar em nosso planeta, dominando todas as espécies habitantes da terra. Porém, desde os primórdios, desde os tempos dos filósofos, e dos muitos profetas que por aqui estiveram, as perguntas sobre nossa origem, e principalmente nossa missão aqui na terra continuam causando divergências e proposições nas muitas e muitas religiões existentes. Na verdade toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios,  e costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte, e todas nos cerceiam a liberdade, na crença principalmente de um Deus punitivo, que nos castiga de acordo com nossas falhas e incorreções.

 

Na verdade, acredito sermos os únicos responsáveis pelos nossos sucessos e fracassos, e por mais complexo que seja esse caminho, onde tantas variáveis podem interferir pela força do pensamento e energias que atraímos, tanto positiva ou negativamente, sempre temos a condição necessária para nossa evolução. Condição que se traduz em diversas denominações de acordo com cada crença; Deus, Jeová, poder superior, centelha divina, consciência, força, e tantas outras para designar o que não se define materialmente, e que cremos ou não. Mesmo assim, para que a evolução aconteça é preciso muito trabalho, muita perseverança e muita fé.

 

Assim, neste novo século, neste momento de transição planetária, explanada de todas as formas nas mais diferentes visões e profecias, as novas gerações que aqui vivem neste momento, as que chegaram e as que estão chegando, com a tecnologia presente de forma inequívoca, exigem ação ao invés da contemplação e divagação. A solidariedade e o bem comum terão que se sobrepor ao egoísmo e ao orgulho, a fim de que juntamente com todo o progresso material já alcançado possamos perseverar no real propósito de evolução moral. É tempo de despertar.

 

Para um ser dessa Nova Era é imprescindível falar em autoconhecimento. Essa viagem solitária e dolorida que se deve fazer internamente e descobrir o que lhe paralisa e o que lhe faz caminhar, quem somos na essência, quais nossas falhas e potenciais, e como equilibrar tudo isso numa existência onde os acertos prevaleçam aos erros, subindo degrau por degrau a escada da evolução. O poder da mente é o combustível neste exercício.

 

Esbarramos então nessa viagem em grandes conflitos pessoais que nos distanciam muitas vezes desse propósito, pois o nosso livre arbítrio nos dá o controle de todas as nossas ações, resultando em consequências boas ou más.

 

Nesta grande viagem, esquecemos, ou sequer acreditamos, que somos almas que há muito habitam este planeta, de vidas em vidas em busca de evolução, com caminhos distintos e infelizmente esquecidos. É chegada a hora de despertar, para os que desejam acordar, e habitar uma nova terra. Antes disso, a limpeza. Precisamos limpar a nossa energia para então receber as fortes energias da Nova Era.

 

Torna-se necessário eliminar todas as crenças a que somos submetidos desde nossa infância, que sempre nos limitam pelo medo e acabam por determinar os nossos comportamentos, as nossas atitudes e principalmente os nossos resultados. Tarefa inglória que nos pega em tempos tão bicudos, mas absolutamente necessária para essa evolução de alma. Mas acalmar a mente e o coração certamente nos ajudará neste processo. Corações e mentes em paz ajudam nas boas escolhas.

 

Sejamos luz, sejamos paz...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Sobre morrer e renascer...


 

 

Desde o final dos anos 1970 já ouvimos dizer que era chegada a Era de Aquário, e que então a harmonia e compreensão habitariam este mundo, bem como a simpatia e confiança seriam abundantes, e que haveria a verdadeira libertação da mente. Tal qual a música do musical Hair, Age of Aquarius, que os adultos mais conservadores da época achavam ser um arrazoado de rebeldia e loucura, mas muito além daquele tempo, começava realmente uma nova era na qual cresci.

Sem ao menos suspeitar o que poderia tudo isso significar na minha infância, que foi vivida da forma mais conservadora possível, o mundo realmente começou a passar por significativas alterações, paralelo ao meu crescimento, mas pude, mais sentidamente por ser mulher, perceber. Adolescente dos anos 1980, aproveitei minhas condições e privilégios para estudar e ver a mulher tomar voz no meio profissional e pessoal. A sociedade passou a evoluir em passos lentos questões que hoje, passados quase cinquenta anos, são tão expostas de forma ampla sobre diversidade, liberdade, racismo, solidariedade, direitos, recursos naturais e outros.

Mesmo com toda lentidão, chegamos a mudanças radicais em nossa forma de vida e viver, com a tecnologia se integrando cada vez mais em nosso dia a dia, até se tornar indissociável de nossa vida. Mudamos de século, passamos a ver e acompanhar outros países, povos e costumes e nos globalizar. Cogitamos o final do mundo em 2012 por conta de profecias de antigos povos que aqui habitaram, e outras tantas explicações que se sucedem até hoje sobre o que está nos acontecendo e também em nosso planeta.

A polaridade de opiniões nunca esteve tão presente, e chegamos ao final de 2021 com uma parcela da humanidade esperando a chegada de seres de dimensões mais evoluídas aportarem com suas naves na Terra para nos ajudar, e outra em absoluto adormecimento, acreditando até que a Terra é plana. E no meio dessa multidão, outras muitas e variadas certezas quanto a crenças e verdades do que estamos realmente vivenciando.

Mas o que parece certo a todos, é que ALGO está acontecendo. Uns otimistas quanto a nova era, outros pessimistas acreditando no final dos tempos. Desta vez, a mim me parece que ambos acertam, tanto para o bem tanto quanto para o mal. Pois acredito que qualquer grande mudança passe por uma crise, sempre muito dolorosa, para que então surja o novo.

Saindo, ou tentando sair, de uma pandemia que parou o mundo todo de alguma forma, trazendo à tona tudo o que há de ruim e o que há de bom de cada um de nós, tivemos que nos reinventar. Quero crer que fomos privilegiados ante os dinossauros, que não tiveram opção e foram extintos. Pelo menos até agora...

Neste período tão exclusivo destes tempos, passamos por muitas mortes diárias de tudo que aprendemos como certo. A doença em si que nos cravou na alma a certeza da finitude e fragilidade do corpo físico; a necessidade de conexão com dimensões diferentes (energias, frequências e toda e qualquer onda que nos seja invisível nesta terceira dimensão) para que a mente não tresloucasse; a exposição da fragilidade ou fortaleza das nossas relações, que nos afastaram de muitas pessoas ou nos aproximaram de forma verdadeira à outras.

Neste turbilhão que andamos metidos neste momento, na verdade o que precisamos é nos abrir ao novo, sepultando as muitas crenças que nos limitaram por anos, séculos e milênios.

Não é preciso exemplificar o quanto tudo isso tem sido doloroso e desafia nossa saúde mental. Cada um em seu íntimo vive momentos difíceis nessa transição, assim como as pessoas ao redor, e assim por diante, formando uma rede que envolve nosso planeta.

É preciso entender como essa teia de dificuldades pode se transformar e resultar na nossa evolução. Quero crer que o auto conhecimento seja a arma mais poderosa, pois somente sabedores de quem somos e o quanto nos falta, equilibraremos o ego para vivermos em paz e com empatia.

“Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio.” Sócrates


terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Nova Era


 

Aquela tão famosa frase dos mais velhos e vividos (categoria a qual cada vez me encaixo mais), que começa com um “No meu tempo era melhor...” além de denotar uma certa prepotência e arrogância, típica daqueles que se acham experientes e cheios de ensinamentos, nos leva a um certo distanciamento do HOJE, que devemos nos esforçar para estar.

Ao mesmo tempo, impossível viver no turbilhão desse terceiro milênio, sem saudosismo daquilo que só existia “no meu tempo”, seja em que tempo for. 

Mas era mesmo melhor, apesar do aparente caos instalado no planeta?

Não é esse caos o resultado de toda sujeira escondida por tantos séculos, e agora remexida e exposta?

É preciso ter esperança de que tudo melhore, e enxergar aquilo que melhorou com o passar dos anos. Para isso é necessária uma mudança de mentalidade, repensar valores, e principalmente romper com as crenças limitantes que incorporamos em nossas mentes, e nos bloqueiam em todos os sentidos, principalmente no amor ao próximo.

Alguns posicionamentos que já vinham sendo questionados antes desse 2020, explodiram em dúvidas e conflitos neste ano que finda ainda tão revolto. E quantas lições a serem aprendidas. Quantas perdas e fraturas expostas para que sejam assimiladas.

Mas não podemos nos furtar de sermos gratos pela oportunidade de presenciar toda a transformação de uma sociedade, para melhor, temos que acreditar. Mesmo com as dores e sofrimentos que temos presenciado, pois toda mudança remexe, suja e bagunça, para só então tudo ser limpo e organizado.

Apesar do que vemos no mundo visível, tão doído e perturbador, devemos crer que há um sentido dado pelo universo no invisível, que está cada vez mais amplo e palpável.

Sem dogmas e sem regras. Sem crenças, mas com muita espiritualidade. Pois a verdadeira espiritualidade transcende às religiões, que vivem no passado e no futuro, e só prometem a paz para depois da morte, enquanto a espiritualidade vive no presente e nos faz encontrar à Deus em nosso interior durante a vida, no agora.

Seguir nesta busca, desmascarando aquilo que se acreditou ser bom, vendo sem máscaras o que é para o bem ou não, para que o mundo possa evoluir de tal forma que a todos a vida seja boa, e não só para alguns. Este deve ser o novo mundo.

Que sejamos seres da Nova Era.💜


É chegado o tempo em que o exemplo do Cristo será seguido.

Um tempo sem religiões...

Um tempo sem falsos profetas...

Um tempo em que não se abuse da boa fé das pessoas...

Um tempo de respeito ao outro...

Um tempo sem distancias...

Um tempo de amor incondicional...

Onde todos os dias é Natal!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Que década senhores, que década...




Renova-te.


Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.


Cecília Meireles



Habitualmente, e desde sempre, faço eu em minha mente a retrospectiva de meu ano e minhas metas para o ano novo. Desta vez com um enorme significado pois estamos fechando mais uma década, então, nada mais natural que pontuar os avanços e mudanças ao longo destes 10 rápidos anos, e porque não, as metas para a terceira década deste que é, o terceiro milênio.

Minha mente se reporta então ao final do século XX e toda angústia e aflição que tivemos com a possibilidade do “Bug do milênio”, totalmente infundado e vazio, porém nos mostrando nossa habilidade para o pânico coletivo em assuntos que não dominamos, enquanto vemos outros que deveriam, ai sim, causar verdadeira histeria, passarem ao largo sem nos darmos conta.

Sim, pois o propagado Bug não ocorreu, mas vimos uma verdadeira explosão de novos modos e costumes, que alteraram de forma impactante nossas vidas e valores. Muitas coisas viraram do avesso, mas, certamente hoje entendemos que o avesso acabou sendo a melhor forma em muitas coisas. Foi a virada do século!

Agora, já nesta década que se finda, o avesso virou e desvirou tantas vezes que não cabe mais dizer que exista o lado certo. Acabei por concluir que minhas certezas se tornaram incertezas e minhas incertezas continuam incertas. De certo, ah! E isso é certo mesmo, é que estamos aqui nestas paragens terrestres unicamente para evoluir de alguma forma, e continuei então a buscar como e de que forma. Como progresso pessoal, aprendi que não há uma forma única para tal, e para mim, particularmente, a única forma é o autoconhecimento cada vez mais profundo.

Sempre acreditei nisso, mas especificamente no decorrer deste período, concluí ser necessário retirar a viseira do certo e arriscar mais pelo incerto, ou seja, continuo acreditando no poder superior que nos rege, mas hoje creio que ele pode se apresentar de muitas formas, circunstâncias, crenças e rituais. Um destino pode ter muitos caminhos, que podem ir mudando, e isso não é um problema, cada qual tem a liberdade de escolher seu caminho, e mudar no percurso, se assim quiser. Afinal, se todos os caminhos levam ao mesmo destino...

Entro nesta nova década bem diferente do que há dez anos. Aliás, praticamente em quase tudo. Posso pontuar a mudança da perspectiva em relação ao futuro. Havia em mim, aos quarenta e poucos anos uma certeza do que queria e alcançaria seguindo a vida como estava levando, Risos... mais risos e gargalhadas... mas a vida não perdoa quem se acomoda, e como no mar revolto, foi onda atrás de onda.
Algumas me derrubaram, outras bateram bem forte, muitas me lavaram a alma, e caminhando cheguei ao rasinho, mais forte e mais lúcida.  

Então espero que quando o mar voltar a ficar revolto, e certamente ele ficará, eu sinta menos os impactos das ondas, justamente por ter agora a certeza de que não há como programar nada, pois nada está em nossas mãos. E aceitar esta impotência é o que transforma a vida. Posso sim, claro, ter planos e objetivos, mas nada de certezas e obstinações.  Não me cabe mais. Agora é só gratidão!

Neste final da década, tenho meditado, orado e recitado mantras para o espírito, exercitado o corpo, trabalhado a mente e estudado cada vez mais. Tudo o que aprendo só me confronta com tudo que ainda não sei, e me faz estudar mais, para estar cada vez mais ciente que tudo está se movimentando, mostrando o quão pouco eu sei.

Sinto muito, 
             Me perdoe,
                        Te amo,
                                 Sou grato!  
                                            
                                                Ho' oponopono 


Feliz 2020!

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Vida!







Dos muitos adjetivos que a vida tem, o que mais se adequa para mim é o quanto ela é surpreendente.

Em um dia você pode sentir o peso das muitas decisões cobradas diariamente e no outro pode sentir toda a leveza da liberdade que essas mesmas escolhas te dão;

De repente você acha que não vai sobreviver na ausência de alguém ou alguma coisa, e no momento seguinte se vê respirando plenamente, e sobrevivendo, e voltando a viver;

As vezes não dá importância para algo rotineiro para depois sentir faltar o ar e o chão quando perde, e até que se restabeleça sofre e sente falta;

Está feliz e acomodado, quando alguma notícia balança todas as estruturas que a anos estão assentadas, ou talvez esteja envolvido em alguma bagunça generalizada e num instante o vento para de soprar tão forte, e tudo se acalma;

Espera um grandioso acontecimento e quando finalmente acontece se decepciona, mas também as vezes sem esperar tudo muda de forma espetacular;

Alguém nasce, outro morre, alguém chega e outro parte. Tudo simultaneamente com as tristezas e alegrias que demandam dos fatos;

Aquilo que parece ser tão verdadeiro se mostra e você enxerga a mentira, ou aquilo que parecia tão absurdo já não é tanto e você passa a ter como normal, ou aceitável;

Você consegue se encaixar em todas essas situações, mas a sua ótica é única e ninguém experimentará igual, e tal qual a qualquer um, vai sentir de uma forma impar que vai marcar sua existência de modo a tornar você quem você é...