Seremos nós os seres da nova era? Saberemos
sê-lo? O quanto e o que nos falta?
Historicamente verificamos a evolução da
humanidade nos quesitos de conhecimento e tecnologia. Evoluindo desde o início
dos tempos, da sensação ao instinto; do instinto a inteligência; e da
inteligência ao discernimento, o homem alcançou conhecimento impar em nosso
planeta, dominando todas as espécies habitantes da terra. Porém, desde os
primórdios, desde os tempos dos filósofos, e dos muitos profetas que por aqui
estiveram, as perguntas sobre nossa origem, e principalmente nossa missão aqui
na terra continuam causando divergências e proposições nas muitas e muitas
religiões existentes. Na verdade toda religião possui um sistema de crenças no
sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios, e
costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte,
e todas nos cerceiam a liberdade, na crença principalmente de um Deus punitivo,
que nos castiga de acordo com nossas falhas e incorreções.
Na verdade, acredito
sermos os únicos responsáveis pelos nossos sucessos e fracassos, e por mais
complexo que seja esse caminho, onde tantas variáveis podem interferir pela
força do pensamento e energias que atraímos, tanto positiva ou negativamente, sempre
temos a condição necessária para nossa evolução. Condição que se traduz em
diversas denominações de acordo com cada crença; Deus, Jeová, poder superior,
centelha divina, consciência, força, e tantas outras para designar o que não se
define materialmente, e que cremos ou não. Mesmo assim, para que a evolução
aconteça é preciso muito trabalho, muita perseverança e muita fé.
Assim, neste novo século,
neste momento de transição planetária, explanada de todas as formas nas mais
diferentes visões e profecias, as novas gerações que aqui vivem neste momento, as
que chegaram e as que estão chegando, com a tecnologia presente de forma
inequívoca, exigem ação ao invés da contemplação e divagação. A solidariedade e
o bem comum terão que se sobrepor ao egoísmo e ao orgulho, a fim de que
juntamente com todo o progresso material já alcançado possamos perseverar no
real propósito de evolução moral. É tempo de despertar.
Para um ser dessa Nova Era
é imprescindível falar em autoconhecimento. Essa viagem solitária e dolorida
que se deve fazer internamente e descobrir o que lhe paralisa e o que lhe faz
caminhar, quem somos na essência, quais nossas falhas e potenciais, e como
equilibrar tudo isso numa existência onde os acertos prevaleçam aos erros,
subindo degrau por degrau a escada da evolução. O poder da mente é o
combustível neste exercício.
Esbarramos
então nessa viagem em grandes conflitos pessoais que nos distanciam muitas
vezes desse propósito, pois o nosso livre arbítrio nos dá o controle de todas
as nossas ações, resultando em consequências boas ou más.
Nesta
grande viagem, esquecemos, ou sequer acreditamos, que somos almas que há muito
habitam este planeta, de vidas em vidas em busca de evolução, com caminhos
distintos e infelizmente esquecidos. É chegada a hora de despertar, para os que
desejam acordar, e habitar uma nova terra. Antes disso, a limpeza. Precisamos limpar
a nossa energia para então receber as fortes energias da Nova Era.
Torna-se
necessário eliminar todas as crenças a que somos submetidos desde nossa
infância, que sempre nos limitam pelo medo e acabam por determinar
os nossos comportamentos, as nossas atitudes e principalmente os nossos
resultados. Tarefa
inglória que nos pega em tempos tão bicudos, mas absolutamente necessária para
essa evolução de alma. Mas acalmar a mente e o coração certamente nos ajudará
neste processo. Corações e mentes em paz ajudam nas boas escolhas.
Sejamos luz, sejamos paz...