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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Interiorizar-se para expandir!

 


Por tantas vezes tento expressar aquilo que habita permanentemente minha mente e esbarro nos tantos afazeres do dia a dia que permeiam nossa rotina destes nossos novos tempos. Já não era, pois, hora de desacelerar? Pois a mim parece que a cada dia tudo se acelera de forma tão grande, que não nos resta nada a não ser a expansão da consciência para então conseguir seguir em uma vida equilibrada e plena.

Lembro de quando era ainda criança de ouvir que o ser humano não usava mais do que 10% de seu cérebro. A mim parecia um total desperdício sermos dotados de um cérebro tão potente e não o utilizarmos 100%, mas no decorrer dos anos essa afirmação foi desmistificada pela comunidade científica que demonstrou que utilizamos 100% de nossa capacidade cerebral, para todas as atividades desenvolvidas pelo nosso corpo durante todo o dia, dia após dia até nossa morte. Porém, o cérebro é a parte física, e a mente? A parte abstrata, tão adormecida neste nosso momento planetário tão célere.

Creio, aí sim, que temos muito a expandir a mente e o nível de consciência, porque o mundo, tal qual se apresenta hoje precisa de pessoas despertas. Em contraponto, toda a informação a que somos submetidos o tempo todo, nos afasta da conquista desta expansão, pois o excesso acaba por nos alienar, pois passamos a viver de forma automática, usando somente o cérebro para realizar as tarefas físicas e materiais, e passamos a desenvolver problemas emocionais por conta deste adormecimento consciencial.

É preciso despertar, parar com o modo automático e lidar com as emoções, se abrir para as mudanças e incertezas, que mesmo que causem dor (e sempre causam), vão nos fortalecer.

É uma busca infinita e individual que venho travando, e entendo que a ciência se omita muitas vezes em entender a mente humana, pois não há como tentar qualquer hipótese sem o ingrediente principal nesse entendimento, que é a aceitação da existência de um poder superior que nos rege e protege, mas sem as crenças religiosas que nos encarceram na mítica do Deus punitivo e rancoroso, pois aquilo que temos é resultado de nossos próprios pensamentos que criam nossa realidade no universo, que nos devolve aquilo que vibramos.

A mente, portanto, é a fonte criadora da nossa realidade, pois é nela que estão gravadas nossas crenças, medos, fobias e todas as nossas emoções. Nossas possibilidades e incapacidades estão afinal juntas em nossa mente. Se em sua mente você acha que consegue algo, fará tudo que for possível e impossível a fim de alcançar aquele objetivo. Se achar que não consegue, sequer tentará.

Quando o Príncipe Sidarta Gautama se permitiu expandir a consciência, e despertou, tornando-se Buda, foi interrogado por um discípulo da seguinte forma: “Senhor, já encontrastes Deus? E se o defrontastes, onde se encontra Ele?” Buda então meditou um pouco e respondeu diretamente: “Após penetrar na realidade de mim mesmo, encontrei Deus no mais íntimo do meu ser, em grandiosa serenidade e ação dignificadora”.

Assim, esse é o propósito, e isso é despertar, uma viagem dentro de si mesmo para encontrar a Deus e conseguir lidar com serenidade o mundo aqui fora. 

Interiorizar para expandir.

Tentemos!

Namastê

terça-feira, 15 de março de 2022

Seres da Nova Era

 




Seremos nós os seres da nova era? Saberemos sê-lo?  O quanto e o que nos falta?

 

Historicamente verificamos a evolução da humanidade nos quesitos de conhecimento e tecnologia. Evoluindo desde o início dos tempos, da sensação ao instinto; do instinto a inteligência; e da inteligência ao discernimento, o homem alcançou conhecimento impar em nosso planeta, dominando todas as espécies habitantes da terra. Porém, desde os primórdios, desde os tempos dos filósofos, e dos muitos profetas que por aqui estiveram, as perguntas sobre nossa origem, e principalmente nossa missão aqui na terra continuam causando divergências e proposições nas muitas e muitas religiões existentes. Na verdade toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses e demônios,  e costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte, e todas nos cerceiam a liberdade, na crença principalmente de um Deus punitivo, que nos castiga de acordo com nossas falhas e incorreções.

 

Na verdade, acredito sermos os únicos responsáveis pelos nossos sucessos e fracassos, e por mais complexo que seja esse caminho, onde tantas variáveis podem interferir pela força do pensamento e energias que atraímos, tanto positiva ou negativamente, sempre temos a condição necessária para nossa evolução. Condição que se traduz em diversas denominações de acordo com cada crença; Deus, Jeová, poder superior, centelha divina, consciência, força, e tantas outras para designar o que não se define materialmente, e que cremos ou não. Mesmo assim, para que a evolução aconteça é preciso muito trabalho, muita perseverança e muita fé.

 

Assim, neste novo século, neste momento de transição planetária, explanada de todas as formas nas mais diferentes visões e profecias, as novas gerações que aqui vivem neste momento, as que chegaram e as que estão chegando, com a tecnologia presente de forma inequívoca, exigem ação ao invés da contemplação e divagação. A solidariedade e o bem comum terão que se sobrepor ao egoísmo e ao orgulho, a fim de que juntamente com todo o progresso material já alcançado possamos perseverar no real propósito de evolução moral. É tempo de despertar.

 

Para um ser dessa Nova Era é imprescindível falar em autoconhecimento. Essa viagem solitária e dolorida que se deve fazer internamente e descobrir o que lhe paralisa e o que lhe faz caminhar, quem somos na essência, quais nossas falhas e potenciais, e como equilibrar tudo isso numa existência onde os acertos prevaleçam aos erros, subindo degrau por degrau a escada da evolução. O poder da mente é o combustível neste exercício.

 

Esbarramos então nessa viagem em grandes conflitos pessoais que nos distanciam muitas vezes desse propósito, pois o nosso livre arbítrio nos dá o controle de todas as nossas ações, resultando em consequências boas ou más.

 

Nesta grande viagem, esquecemos, ou sequer acreditamos, que somos almas que há muito habitam este planeta, de vidas em vidas em busca de evolução, com caminhos distintos e infelizmente esquecidos. É chegada a hora de despertar, para os que desejam acordar, e habitar uma nova terra. Antes disso, a limpeza. Precisamos limpar a nossa energia para então receber as fortes energias da Nova Era.

 

Torna-se necessário eliminar todas as crenças a que somos submetidos desde nossa infância, que sempre nos limitam pelo medo e acabam por determinar os nossos comportamentos, as nossas atitudes e principalmente os nossos resultados. Tarefa inglória que nos pega em tempos tão bicudos, mas absolutamente necessária para essa evolução de alma. Mas acalmar a mente e o coração certamente nos ajudará neste processo. Corações e mentes em paz ajudam nas boas escolhas.

 

Sejamos luz, sejamos paz...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Sobre morrer e renascer...


 

 

Desde o final dos anos 1970 já ouvimos dizer que era chegada a Era de Aquário, e que então a harmonia e compreensão habitariam este mundo, bem como a simpatia e confiança seriam abundantes, e que haveria a verdadeira libertação da mente. Tal qual a música do musical Hair, Age of Aquarius, que os adultos mais conservadores da época achavam ser um arrazoado de rebeldia e loucura, mas muito além daquele tempo, começava realmente uma nova era na qual cresci.

Sem ao menos suspeitar o que poderia tudo isso significar na minha infância, que foi vivida da forma mais conservadora possível, o mundo realmente começou a passar por significativas alterações, paralelo ao meu crescimento, mas pude, mais sentidamente por ser mulher, perceber. Adolescente dos anos 1980, aproveitei minhas condições e privilégios para estudar e ver a mulher tomar voz no meio profissional e pessoal. A sociedade passou a evoluir em passos lentos questões que hoje, passados quase cinquenta anos, são tão expostas de forma ampla sobre diversidade, liberdade, racismo, solidariedade, direitos, recursos naturais e outros.

Mesmo com toda lentidão, chegamos a mudanças radicais em nossa forma de vida e viver, com a tecnologia se integrando cada vez mais em nosso dia a dia, até se tornar indissociável de nossa vida. Mudamos de século, passamos a ver e acompanhar outros países, povos e costumes e nos globalizar. Cogitamos o final do mundo em 2012 por conta de profecias de antigos povos que aqui habitaram, e outras tantas explicações que se sucedem até hoje sobre o que está nos acontecendo e também em nosso planeta.

A polaridade de opiniões nunca esteve tão presente, e chegamos ao final de 2021 com uma parcela da humanidade esperando a chegada de seres de dimensões mais evoluídas aportarem com suas naves na Terra para nos ajudar, e outra em absoluto adormecimento, acreditando até que a Terra é plana. E no meio dessa multidão, outras muitas e variadas certezas quanto a crenças e verdades do que estamos realmente vivenciando.

Mas o que parece certo a todos, é que ALGO está acontecendo. Uns otimistas quanto a nova era, outros pessimistas acreditando no final dos tempos. Desta vez, a mim me parece que ambos acertam, tanto para o bem tanto quanto para o mal. Pois acredito que qualquer grande mudança passe por uma crise, sempre muito dolorosa, para que então surja o novo.

Saindo, ou tentando sair, de uma pandemia que parou o mundo todo de alguma forma, trazendo à tona tudo o que há de ruim e o que há de bom de cada um de nós, tivemos que nos reinventar. Quero crer que fomos privilegiados ante os dinossauros, que não tiveram opção e foram extintos. Pelo menos até agora...

Neste período tão exclusivo destes tempos, passamos por muitas mortes diárias de tudo que aprendemos como certo. A doença em si que nos cravou na alma a certeza da finitude e fragilidade do corpo físico; a necessidade de conexão com dimensões diferentes (energias, frequências e toda e qualquer onda que nos seja invisível nesta terceira dimensão) para que a mente não tresloucasse; a exposição da fragilidade ou fortaleza das nossas relações, que nos afastaram de muitas pessoas ou nos aproximaram de forma verdadeira à outras.

Neste turbilhão que andamos metidos neste momento, na verdade o que precisamos é nos abrir ao novo, sepultando as muitas crenças que nos limitaram por anos, séculos e milênios.

Não é preciso exemplificar o quanto tudo isso tem sido doloroso e desafia nossa saúde mental. Cada um em seu íntimo vive momentos difíceis nessa transição, assim como as pessoas ao redor, e assim por diante, formando uma rede que envolve nosso planeta.

É preciso entender como essa teia de dificuldades pode se transformar e resultar na nossa evolução. Quero crer que o auto conhecimento seja a arma mais poderosa, pois somente sabedores de quem somos e o quanto nos falta, equilibraremos o ego para vivermos em paz e com empatia.

“Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio.” Sócrates